Biden restabelece as salvaguardas para espécies em perigo revogadas por Trump.

“Escrito por Rich McKay”
A administração de Biden restaurou certas salvaguardas da Lei de Espécies Ameaçadas, as quais foram revogadas durante o mandato do ex-presidente Donald Trump, permitindo ao governo federal maior flexibilidade para identificar plantas ou animais em risco de extinção.
A legislação de 51 anos, aprovada pelo presidente Richard Nixon em 1973, é reconhecida por ter contribuído para a preservação da águia careca, do condor da Califórnia e de diversas outras espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção.
Em 2019, a gestão de Trump implementou alterações na legislação visando reduzir os encargos financeiros para os contribuintes e as empresas. Essas mudanças levaram em conta os impactos econômicos em setores como mineração e exploração de madeira ao avaliar a classificação de uma espécie como ameaçada ou em perigo.
A mudança implica que as decisões sobre listas e designações de habitat crítico serão fundamentadas na ciência de maior qualidade possível, conforme comunicado pelo Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA.
“Estas avaliações evidenciam nossa dedicação em empregar todos os recursos ao nosso alcance para contribuir na interrupção dos declínios e na estabilização das populações das espécies mais ameaçadas”, afirmou Martha Williams, diretora da agência.
Grupos ambientais criticaram a administração Trump por priorizar o dinheiro em detrimento da ciência.
O Secretário de Comércio Wilbur Ross, do governo de Trump, afirmou à imprensa que as revisões atendem à missão de Trump de reduzir a regulação para os cidadãos americanos, mantendo os objetivos de proteção e recuperação.
Bruce Westerman, presidente republicano da Comissão de Recursos Naturais da Câmara, criticou a alteração, afirmando que a Lei de Espécies Ameaçadas é uma legislação obsoleta.
“Ele declarou que Biden está revertendo medidas importantes que foram implementadas, as quais representam a melhor decisão política neste momento.”
A administração de Biden restabeleceu a regra de manta, que oferece a mesma proteção tanto a espécies quanto a habitats considerados ameaçados, independentemente do nível de ameaça atribuído a eles, conforme explicado pelo serviço de vida selvagem.

John Calvelli, vice-presidente executivo de relações públicas da organização sem fins lucrativos Wildlife Conservation Society, elogiou a iniciativa.
Ele mencionou em uma entrevista que o trabalho de proteção ambiental é contínuo, já que um milhão de espécies enfrentam o risco de extinção. Ele considera positiva a iniciativa da administração Biden-Harris em fortalecer a Lei de Espécies Ameaçadas, o que assegura que a ciência seja a base das decisões para preservar a vida selvagem. Isso é uma excelente notícia para o meio ambiente em geral.