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Qual é o conhecimento mais recente sobre as alterações do clima?

Por Gloria Dickie: Reescreva ou expresse o conteúdo do texto de forma diferente.

A reunião sobre clima da ONU deste ano, chamada COP29, ocorre em meio a mais um ano de temperaturas globais recordes, o que intensifica as negociações para diminuir as mudanças climáticas.

O mais recente acordo científico mundial sobre as alterações climáticas foi divulgado em 2021 pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. No entanto, os especialistas afirmam que as provas indicam que o aquecimento global e suas consequências estão a ocorrer a um ritmo mais rápido do que o previsto.

Aqui estão alguns dos estudos climáticos mais recentes.

¿Qué significa 1.5C?

De acordo com os cientistas, o planeta pode ter ultrapassado o marco crítico de 1,5 graus Celsius (2,7 F) de aumento na temperatura em relação à média pré-industrial, o que coloca em perigo a ocorrência de mudanças climáticas extremas e irreversíveis.

Um estudo divulgado na segunda-feira por um grupo de pesquisadores sugeriu uma análise de 2.000 anos de gases atmosféricos encontrados nos núcleos de gelo da Antártida, ampliando o conhecimento sobre as variações de temperatura antes da Revolução Industrial.

Os pesquisadores costumam comparar as temperaturas atuais com uma média de temperatura de referência para o período de 1850 a 1900. Segundo essa análise, o planeta está atualmente experimentando um aumento de temperatura de cerca de 1,3 ºC (2,4 ºF).

No entanto, de acordo com a pesquisa publicada na revista Nature Geoscience, os novos dados indicam a existência de uma linha de base pré-industrial mais extensa, com base em dados de temperatura que vão do ano 13 ao ano 1700.

De toda maneira, é garantido que 2024 será o ano mais quente já registrado.

Furacões extremamente fortes

Além de impulsionar tempestades mais intensas no oceano Atlântico, o aquecimento das águas também acelera a intensificação desses fenômenos, permitindo que passem de uma categoria 1 para uma categoria 3 em questão de horas.

Cada vez mais provas indicam que isso é verídico em outros oceanos.

O furacão Milton se transformou rapidamente de tempestade tropical em um furacão extremamente poderoso no Golfo do México em outubro, atingindo a costa oeste da Flórida.

O ar mais quente retém mais umidade, o que auxilia as tempestades a transportar e liberar uma quantidade maior de chuva. Isso tem levado a inundações em locais inesperados, como a cidade de Asheville, na Carolina do Norte, que foi inundada em setembro devido ao furacão Helene.

Decisões tomadas pela FIDA.

O aumento da temperatura global está reduzindo a quantidade de água em rios navegáveis e diminuindo a umidade das florestas, favorecendo o surgimento de incêndios mais intensos e extensos em diversas regiões, como o oeste dos EUA, Canadá, sul da Europa e Extremo Oriente da Rússia, resultando em fumaça mais nociva.

Estudos divulgados recentemente na revista Nature Climate Change estimaram que aproximadamente 13% das mortes causadas pela inalação de fumaça tóxica de incêndios florestais, totalizando cerca de 12.000 óbitos, em 2010, poderiam ser relacionadas ao impacto do clima sobre os incêndios selvagens.

Branqueamento de corais

Com a ocorrência do quarto evento de branqueamento em massa de corais, considerado o maior já registrado, os pesquisadores estão preocupados que os recifes de coral do mundo tenham atingido um ponto sem volta.

Os pesquisadores vão analisar recifes de coral descorados, indo da Austrália até o Brasil, em busca de indícios de regeneração nos próximos anos, caso as temperaturas diminuam.

ALERTA DA AMAZON

A região amazônica do Brasil (NASDAQ:AMZN) enfrenta a sua mais severa e abrangente seca já registrada desde 1950. Os níveis dos rios atingiram mínimas históricas neste ano, ao mesmo tempo em que os incêndios causaram grande destruição na floresta tropical.

Isso gera preocupação em relação às descobertas científicas recentes, que indicam que uma porcentagem significativa da Amazônia poderá sofrer os impactos combinados do calor, da seca e de outras ameaças decorrentes das mudanças climáticas até o ano de 2050.

Isso poderia levar o Amazonas além de um ponto crítico, onde a floresta não seria mais capaz de gerar a umidade necessária para sustentar suas próprias árvores, resultando na possibilidade de transição do ecossistema para florestas degradadas ou savanas áridas.

Em todo o mundo, as florestas aparentam estar enfrentando desafios.

Um estudo realizado em julho constatou que, no ano anterior, as florestas não conseguiram capturar a mesma quantidade de dióxido de carbono presente na atmosfera, principalmente devido à seca na Amazônia e aos incêndios florestais no Canadá.

Isso indica que uma quantidade sem precedentes de dióxido de carbono foi liberada na atmosfera.

Aumento repentino de atividade vulcânica.

Os especialistas estão preocupados com a possibilidade de que as alterações climáticas possam contribuir para um aumento das erupções vulcânicas.

Na Islândia, os vulcões parecem reagir à rápida diminuição das geleiras. Com o derretimento do gelo, há menos pressão sobre a crosta e o manto terrestre.

Os vulcões estão preocupados com a possibilidade de que isso possa desequilibrar os reservatórios de magma, o que resultaria em uma maior produção de magma e no acúmulo de pressão subterrânea.

Cerca de 245 vulcões em diferentes partes do mundo estão localizados sob ou próximos de áreas cobertas por gelo, o que pode representar um potencial perigo.

Retardo no oceano.

O aumento da temperatura no Oceano Atlântico poderia acelerar a deterioração de um sistema crucial atual, que os cientistas alertam que já pode estar se desintegrando.

© Reuters. A beached whale installation by the Belgian art collective
Imagem: timmossholder/PixaBay

O AMOC, que é responsável por transportar água quente dos trópicos para o Atlântico Norte, tem contribuído significativamente para a mitigação do rigor dos invernos europeus ao longo de muitos anos.

Estudos realizados em 2018 indicaram que houve uma redução de aproximadamente 15% na intensidade da AMOC desde 1950. Além disso, pesquisas divulgadas em fevereiro na revista Science Advances sugeriram que a AMOC poderia estar mais próxima de uma desaceleração crítica do que se imaginava anteriormente.

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